Chefs na Praça no Aniversário de Campinas

Hoje temos um post especial escrito por minha amiga Gislaine, que viu que esse blog está meio parado, e decidiu fazer uma reportagem rsrsr. A Gi é uma fã de gastronomia e participou do Chefs na Praça esse ano e nos conta como foi:
Foto: www.campinas.com.br
E nesse domingo dia 14 ocorreu em Campinas o "Chefs na Praça", um evento gastronômico para celebrar o aniversário da cidade, que estava comemorando 239 anos.
O local escolhido para celebração foi a Praça Carlos Gomes e contou com a participação de alguns dos melhores restaurantes da cidade. Culinária de primeira a preços populares, de R$ 5,00 a R$ 15,00, era a oportunidade perfeita pra provar pratos famosos e muito saborosos sem ouvir reclamação do bolso. Mas não foi bem isso o que aconteceu.
A Praça Carlos Gomes não foi uma boa escolha para um evento desse porte. Os organizadores não contavam com tamanha adesão da população campineira, pois estima-se que havia por volta de 10.000 pessoas no local, número esse apontado pela própria organização da feira.
Cada um dos famosos restaurantes da cidade tinha uma barraca para preparar as refeições, distribuídas em volta do coreto que fica no centro da praça. Os pratos eram pagos apenas com fichas que deveriam ser compradas em um caixa com cerca de 5 atendentes, também localizado no centro da praça, de frente para o coreto. Além disso, algumas mesas e cadeiras espalhadas para que as pessoas pudessem saborear suas refeições também estavam neste mesmo espaço. Ou seja, não precisa de muita imaginação pra perceber que as 16 barracas dos restaurantes, o caixa com 5 atendentes, as mesas e cadeiras, além das cerca de 10.000 pessoas presentes não poderiam ocupar o mesmo espaço com o mínimo de organização. É, não precisava, mas precisou.
As filas se formavam por todos os lados. Entre 12h e 14h a maior delas era a do caixa, que acreditem, estava sinalizado com papel sulfite escrito à mão. Mas é claro, havia uma placa com o nome dos restaurantes participantes, das refeições oferecidas e do preço de cada uma em frente a esse espaço, mas era uma placa com cerca de 50cm x 1,50m colocada no chão, ao lado dos "guichês". Ou seja, não servia pra muita coisa, já que ninguém a enxergava. Outro problema é que esperava-se pelo menos 1 hora pra conseguir comprar as fichas. 

Passado o primeiro sufoco, era hora de escolher os pratos a se degustar, o que se mostrou uma das tarefas mais sufocantes. Em frente a cada barraca havia uma placa com o nome do restaurante, das refeições que estavam sendo servidas e de seus respectivos preços. Tudo estaria perfeito, não fosse o fato de nenhuma delas oferecer uma visibilidade decente, pois tinham o mesmo problema de sinalização do caixa: placas pequenas e mal posicionadas.
Eram tantas filas em frente às barracas que se confundiam, não sendo possível saber a qual barraca pertenciam. Não havia fitas de isolamento ou uma equipe de apoio para orientar as pessoas. O que havia de sobra era desorganização, empurrões, muito calor - já que o centro da praça é pouco arborizado -, e irritação, por sentir-se tão desrespeitado e humilhado.
Quero deixar claro que o que vi em relação aos chefes e suas equipes foi muito positivo. Estavam animados e dispostos a fazer o possível para que o evento fosse um sucesso. E certamente poderia ter sido, mas foi muito mal organizado.

Ah, eu até consegui provar um risoto de caipirinha com lascas de salmão, do Restaurante Marupiara. Mas isso foi às 13h45, 1h45 depois de eu haver chegado na praça. Estava saboroso, mas a porção era pequena, o que não vejo como um aspecto negativo, uma vez que se pode provar outros pratos antes de se sentir satisfeito. Mas claro, isso é apenas teoria. Porque a minha paciência acabou depois de ver que as filas em cada barraca passavam de meia hora de espera. Desisti. Fui ao caixa, que a esta altura já estava com filas bem menores, pois a maioria das pessoas estava tentando comprar uma refeição. Devolvi minhas fichas, peguei meu dinheiro de volta e fui procurar um restaurante pra comer, porque eu ainda estava com fome.
Minha conclusão sobre o evento é a seguinte: sobrou boa vontade, faltou organização. 
A impressão que se tem é que não houve a contratação de nenhuma equipe especializada em eventos pra gerenciar a feira. E se houve, ela não é boa, pois mesmo que tivesse sido contratada apenas para montar as estruturas e a sinalização, deixou a desejar.
Mesmo com tantos erros eu espero que no ano que vem o Chefs na Praça aconteça de novo. Mas é claro, que a Prefeitura e os demais envolvidos tenham aprendido com os erros desta edição. Afinal, a ideia é muito promissora, só foi mal executada.  



Pelo visto ainda temos muito a melhorar, mas quem sabe o ano que vem não cometam os mesmos erros deste ano! Boa sorte ao Chefs na Praça 2014!

Obrigado Gislaine pela colaboração!
Bjo


5 comentários:

  1. Parabéns pelo post Gi. Muito bacana mostrar o que aconteceu, principalmente pra quem não foi e só escutou falar por ai.

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    1. Valeu Rubão.
      Elogio do Mestre é sempre uma honra, rs.
      Tomara que no ano que vem a gente consiga escrever coisas melhores a respeito do evento.
      Bjo.

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  2. Parabéns Gislaine! O seu texto descreve exatamente o que a maioria das pessoas experimentaram nesse evento.

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  3. Obrigada.
    Espero que no ano que vem a maioria das pessoas tenha uma experiência muito mais positiva do que essa.

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  4. Parabéns Gi, espero que o próximo evento os organizadores aproveitem sua crítica e façam com que a próxima crítica seja apenas elogios.

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